quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Degradação Familiar

"A burguesia rasgou o véu sentimental da família, reduzindo as relações familiares a meras relações monetárias"
Karl Marx

Liberdade

"Os capitalistas chamam "liberdade" a dos ricos de enriquecer e a dos operários para morrer de fome. Os capitalistas chamam liberdade de imprensa a compra dela pelos ricos, servindo-se da riqueza para fabricar e falsificar a opinião pública"
Lenin

Até Quando

Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta.
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve,
você pode, você deve, pode crer.
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver.
Se liga aí que te botaram numa cruz e
Só porque Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer.
Até quando você vai ficar usando rédea? Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea? (Pobre, rico, ou classe média).
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura.
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura.
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê é deprimente, seu filho sem escola, se velho "tá" sem dente.
"Cê" tenta ser contente e não vê que é revoltante, você ta sem emprego e a sua filha "tá" gestante.
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo, você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai fica sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?
A polícia matou o estudante, falou que era bandido, chamou de traficante.
A justiça prendeu o pé-rapado, soltou o deputado... e absolveu os PMs de vigário!
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai fica sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?
A polícia só existe pra manter você na lei, lei do silêncio, lei do mais fraco:
ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco.
A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV,
que é pra te entreter, que é pra você não ver que o programado é você.
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar.
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar.
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar.
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar.
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar.
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar.
Escola, esmola! Favela, cadeia! Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai fica sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro,
na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando você vai levando?
Gabriel - O Pensador

Perguntas de Um Trabalhador que Lê

Quem construiu a Tebas das sete portas?
Nos livros constam os nomes dos reis.
Os reis arrastaram os blocos de pedra?
E a Babilônia tantas vezes destruída
Quem ergueu outras tantas?
Em que casas da Lima radiante de ouro
Moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros
Na noite em que ficou pronta a Muralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio só tinha palácios
Para seus habitantes?
Mesmo na legendária Atlântida,
Na noite em que o mar a engoliu,
Os que se afogavam gritaram por seus escravos.
O jovem Alexandre consquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os gauleses,
Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo?
Felipe de Espanha chorou quando sua armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
Fredrico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?Uma vitória a cada página.
Quem cozinhava os banquetes da vitória?
Um grande homem a cada dez anos.
Quem pagava as despesas?
Tantos relatos.
Tantas perguntas.
Bertolt Brecht

O Analfabeto Político

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.
Bertold Brecht

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ilha da Fantasia - COPA 2014

O Brasil foi eleito sede para a COPA 2014, o que seria lindo, se não fosse ridículo !!!!!

Vivemos em um país, no qual milhões de pessoas vivem em condição de miséria, sem moradia, alimentação, habitação, saúde pública, etc.

O investimento para a construção dos estádios, melhorias no transporte e segurança chegará a cifras absurdas, e poderia ser revertido para ajudar a seca no Nordeste, para habitação daqueles que vivem em favelas, moradores de rua, sem terra, sem teto, sem emprego...blá..blá...blá....

Mas o nosso Governo Federal por se tratar de uma "Mula" prefere viver na sua "ilha da fantasia", levando alguns ilustres "brasileiros" para representar a nação verde amarela. Na apresentação para a FIFA, mostraram um PAÍS LINDO, com crianças felizes, Amazônia, jacaré, Cristo Redentor, pessoas dançando frevo, cachoeira, montanhas, etc Esqueceram de mostrar a guerra nas favelas do RIO, mas isso é detalhe, a fome no Nordeste, a saúde pública falida, os lindos moradores de rua sem comida, e outras precariedades do nosso Brasil não vêm ao caso ....

BASTA DE HIPOCRISIA !!!!!

O Brasil não tem condições de sediar nem "Campeonato Mundial de Peteca"

Precisamos primeiro resolver os nossos problemas.

ACORDA BRASIL!!!!!!

Sérgio Cabral e a criminalização dos pobres

Quem viu as imagens do helicóptero atirando em supostos narcotraficantes imagina o que fazem em áreas pobres da cidade?

Sérgio Cabral, governador do Estado do Rio de Janeiro, é uma das figuras políticas da atualidade das mais nefastas. A todo o momento ele justifica a (visível) violência policial em áreas pobres desta cidade. A última desse senhor, que é um dos responsáveis pelo agravamento do quadro de violência na cidade do Rio de Janeiro, é dizer que os moradores de favelas, quando reclamam da ação policial, são pagos pelo tráfico. Ou seja, de antemão, a política de Estado que gera a truculência policial é justificada. Diariamente, os jornais eletrônicos mostram imagens de policiais subindo morros com suas metralhadoras em busca de traficantes. De antemão, qualquer cidadão que venha a morrer em um suposto confronto é traficante. Se for trabalhador, como volta e meia tem acontecido, não importa, as autoridades da área de segurança vão justificar a violência sob qualquer preço e condenar quem, das áreas pobres, denunciar a violência policial.

E quando isso acontecer, ou alguma entidade ilibada, como a Ordem dos Advogados do Brasil, seção RJ, criticar a ação policial, Cabral convoca o gaúcho José Mariano Beltrame, um cidadão do gênero acima de qualquer suspeita, para responder, sempre de forma arrogante e autoritária, como se o ideal de um Secretário de Segurança fosse impor respeito pelo medo e ameaças.

A área de segurança do Estado do Rio - que recebeu o apoio do ministro da Defesa, Nelson Jobim (*), o relator-falsificador de dispositivos da Constituinte, segundo o próprio admitiu, não usando o termo falsificador - está adotando uma política de confronto com os narcotraficantes por entender que essa é a melhor forma de combater a delinqüência. É o esquema Bope, Tropa de Elite (ou será da elite?) em ação, agora contemplado no cinema, que dá voto na classe média senso comum, a mesma que depois de ler Veja, O Globo e ver o Jornal Nacional, defende a matança indiscriminada. Na prática, embora não tenha coragem para afirmar, o que defendem é a filosofia do “pobre (bandido) bom é o pobre (bandido) morto", seguindo a lei do deus mercado, cujo único conceito de cidadania é o do consumidor.

Os vôos rasantes que Brizola proibia

Matança indiscriminada, é isso mesmo, ou será que alguém tem dúvidas a respeito? Quem viu as imagens nos telejornais da Globo na favela da Coréia de um helicóptero atirando em dois supostos narcotraficantes, mesmo admitindo-se que fossem narcotraficantes, completamente fora de combate, pode imaginar o que os agentes da lei andam aprontando nas áreas pobres da cidade de difícil acesso? Como nos velhos tempos da ditadura quando os homens da lei afirmavam, depois de matar opositores, que eles morreram em confronto. Até porque, vale sempre repetir, que a maioria dos que vivem em áreas pobres, não são traficantes, mas sim trabalhadores ou gente a procura de trabalho.

E quem não tem memória fraca lembra que o então governador Leonel Brizola, satanizado pela mídia conservadora e pelos mesmos setores senso comum que hoje aplaudem o Bope, proibia os vôos rasantes de helicópteros da polícia nos espaços das favelas. Agora, com Cabral e mesmo com outros governadores, essa prática passou a ser de rotina.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro, depois das andanças de Sérgio Cabral pelo mundo, principalmente na Colômbia, radicalizou no confronto imaginando que a violência estatal vai acabar com a violência dos narcotraficantes. E, nessa guerra absurda, quem mais sofre é a população dos bairros pobres, que vive sobressaltada, tanto pela violência policial como a dos narcotraficantes pé-de-chinelos, pois os grandões, os da Vieira Souto, continuam fazendo das suas nos paraísos fiscais, lavando, traficando ou aprontando impunemente o que melhor lhes convém para aumentar os lucros.

Corrida desenfreada pela audiência

É isso aí. E no meio desse panorama lamentável, a mídia conservadora cumpre o seu papel, como uma espécie de guardiã do senso comum. Nesse turbilhão sangrento, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro queima a imagem da própria categoria ao incentivar e aplaudir a realização de um curso de segurança para “cobertura jornalística em área de risco”, ministrado por um instrutor militar com experiência no Afeganistão e Iraque. O conservador O Globo também aplaudiu a iniciativa conjunta do sindicato dos jornalistas e dos sindicatos patronais de jornais, rádios e TVs. Coisa boa não pode ser, até porque, trabalhador e patrão é igual a água e azeite, não combinam.

Ou seja, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro em vez de se posicionar contra a política de criminalização dos pobres embarca numa canoa furada para supostamente proteger os jornalistas que fazem reportagens nas chamadas áreas de risco.

Cursos dessa natureza, ainda por cima ministrados por instrutor militar que não se identifica, segundo O Globo, por “questão de segurança”, dá, no mínimo, para desconfiar. Afinal, depois de circular no Afeganistão e no Iraque junto às tropas de ocupação, o tal instrutor, de nacionalidade inglesa, no mínimo teria contas a ajustar em um tribunal penal internacional, que o ocupante-mór daqueles dois países, os Estados Unidos, se recusa a reconhecer.

E, como se não bastasse, a prática dessa iniciativa não é só inócua, como também está associada à corrida desenfreada pelo ibope. E por que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro silencia diante da prática de repórteres em área de risco, estimulados por mega-empresários midiáticos atrás do lucro fácil, que usam como escudo a própria polícia e às vezes tiram fotos ou filmam no interior do Caveirão? Repórteres que na prática se espelham nos jornalistas estadunidenses que acompanhavam as tropas invasoras em cima dos tanques.

Por essas e muitas outras, inclusive na área de meio ambiente, que vale um outro comentário (não é mesmo secretário Carlos “eucalipto” Minc?), dá para afirmar em alto e bom som que o governo do Estado do Rio de Janeiro é um desastre sob todos os pontos de vista. Tem mais, a continuar a política de confronto como vem sendo colocada em prática pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, as perspectivas para a cidade do Rio são assustadoras. Quem conseguir viver, e não for vítima de bala perdida, verá.

Ah, sim: quem ainda se lembra das declarações de um oficial da PM, de charuto na boca dizendo que o maior sonho dele era combater no Iraque, claro, ao lado das tropas de ocupação que invadiram aquele país do Oriente Médio em busca de petróleo? O referido deve continuar a cumprir as missões de sempre, ou seja, atacar alvos nas áreas pobres do Rio de Janeiro. E, se bobear, daqui a pouco Beltrame, Sérgio Cabral e outros da cúpula estadual fluminense de segurança farão visitas relâmpagos ao Iraque aprender a lição de combate. Não será surpresa.

* Quando foi deputado federal e na Constituinte, Jobim introduziu na Constituição da República artigos que escreveu e não submeteu à votação do Parlamento. Um dos dispositivos é o que estabelece o princípio da independência entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Confessou a fraude e permanece impune. Segundo os professores Adriano Benayon e Pedro Dourado de Rezende, Jobim adicionou três incisos ao artigo 172 da Carta Magna, para proibir que os recursos destinados ao "serviço da dívida (isto é, ao pagamento de juros aos bancos) pudessem ser remanejados no Orçamento”. O estudo dos dois professores revelou que, com a falsificação, essa não confessada por Jobim, o serviço da dívida foi multiplicado, para gáudio do capital financeiro internacional. Dá para entender porque ele é tão badalado pela mídia conservadora.

Mário Augusto Jakobskind é jornalista.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Tempos Difíceis

Eu vou dizer porque o mundo é assim
Poderia ser melhor mas ele é tão ruim
Tempos difíceis, está difícil viver
Procuramos um motivo vivo, mas ninguém sabe dizer
Milhões de pessoas boas morrem de fome
E o culpado, condenado disto é o próprio homem
O domínio está em mão de poderosos, mentirosos
Que não querem saber
Porcos, nos querem todos mortos
Pessoas trabalham o mês inteiro
Se cansam, se esgotam, por pouco dinheiro
Enquanto tantos outros nada trabalham
Só atrapalham e ainda falam
Que as coisas melhoraram
Ao invés de fazerem algo necessário
Ao contrário, iludem, enganam otários
Prometem 100%, prometem mentindo, fingindo, traindo
E na verdade, de nós estão rindo
Tempos... Tempos difíceis
Tanto dinheiro jogado fora
Sendo gasto por eles em poucas horas
Tanto dinheiro desperdiçado
E não pensam no sofrimento de um menor abandonado
O mundo está cheio, cheio de miséria
Isto prova que está próximo o fim de mais uma era
O homem construiu, criou armas nucleares
E com o aperto de um botão, o mundo irá pelos ares
Extra, publicam, publicam extra os jornais
Corrupção e violência aumentam mais e mais
Com quais, sexo e droga se tornaram algo vulgar
E com isso, vem a AIDS pra todos liquidar
A morte, enfim. Vem destruição, causam terrorismo
E cada vez mais o mundo afunda num abismo
Tempos... Tempos difíceis
Menores carentes se tornam delinquentes
E ninguém nada faz pelo futuro dessa gente
A saída é essa vida bandida que levam
Roubando, matando, morrendo
Entre si se acabando
Enquanto homens de poder fingem não ver
Não querem saber
Faz o que bem entender
E assim... aumenta a violência
Não somos nós os culpados dessa consequência?
Destruíram a natureza e o que puseram em seu lugar
jamais terá igual beleza
Poluíram o ar e o tornaram impuro
E o futuro eu pergunto, confuso: "como será?"
Agora em quatro segundos irei dizer um ditado:
"Tudo que se faz de errado aqui mesmo será pago"
O meu nome é Edy Rock, um rapper e não um otário.
Se algo não fizermos, estaremos acabados.
Tempos difíceis!
Tempos difíceis!
Racionais Mc´s